Um passeio e diversos problemas

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Um passeio e diversos problemas

Andar pelas ruas parece algo simples, correto? Não quando se é engenheiro civil da área de patologia das construções. O olho clínico, característico desses profissionais, impede que andemos por aí sem identificar, quase a cada passo, anomalias em prédios, casas, calçadas, vias e etc.

Muito prazer, sou o Leandro Givigier moro atualmente no Rio de Janeiro, mais especificamente em Copacabana um bairro mundialmente conhecido, o qual nos anos 70 teve suas casas substituídas por prédios, atendendo as demandas de crescimento da região. Então, em tempo atuais saio para as minhas caminhadas e ando por edifícios com cerca de 50 anos idades. Um prato cheio para àquele olhar seduzido por manifestações patológicas.

O tão famoso passeio

Dias atrás, andando dois quarteirões distante do meu apartamento, me deparei com umas manchas em uma fachada lateral de um prédio à beira mar. Logo fiz o registro com a câmera do celular. E olha que cena linda.

A Engenharia Diagnóstica, em sua criação, se apropriou de vários termos da Medicina. Assim, nossos pacientes são as edificações, então quando olhamos para falhas construtivas, inevitavelmente, iniciamos um processo bem conhecido pelos médicos: a Sintomatologia.

Na literatura médica, sintoma é qualquer alteração da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não consistir em um início de doença.

Analogamente, sintomatologia para nós, engenheiros diagnósticos, de maneira geral, é o estudo do conjunto de sinais e sintomas observados numa vistoria ligados a determinada anomalia. No caso da foto, as manchas avermelhadas caracterizam bem um problema muito conhecido nas construções: a corrosão.

Analisando todo o contexto

Voltando a minha análise prévia, logo me atentei à ameaça de queda desses equipamentos, o que representa, sobretudo, um risco à vida de tantos transeuntes que circulam pelas calçadas das ruas ou áreas comuns desses prédios.

À medida que, com uma visão holística, pode-se enxergar o tamanho da gravidade desse assunto, sendo a corrosão apenas um dos possíveis agentes causadores para acidentes potencialmente fatais, como também falhas oriundas da instalação dos suportes ou, ainda, problemas relacionados à base no qual são fixados os suportes.

Me deparei, assim, com um problema muito maior do que aquelas “manchinhas” poderiam me mostrar. Um problemão!

Probabilidade de queda por falha na resistência do suporte ou da base fixada;

Probabilidade de queda devido à incêndio no equipamento ou na edificação;

Probabilidade de queda do equipamento no momento da manutenção;

Segundo a ABRAVA, o mercado de sistemas de condicionamento de unidades individuais, considerando a capacidade de refrigeração inferiores a 18kW, os modelos splits e compacto (de janela) representam mais de 30 milhões de unidades comercializadas no país.

Esses números expressivos podem dar a dimensão da demanda de instalações desses equipamentos.

Demanda essa que também pode ser notada até mesmo em redes sociais, onde é comum observar pessoas buscando indicações de profissionais que trabalhem com instalação de ar-condicionado.

É possível compreender – paralelamente – a importância de profissionais capacitados para executarem a instalação e manutenção das máquinas refrigerantes.

Não restam dúvidas de que a instalação, e manutenção, dos aparelhos de ar-condicionado, mesmo que residenciais, não podem ser realizadas com amadorismo e sem seguir as normas técnicas e boas práticas. 

Ao contratar esse tipo de serviço, busque por profissionais capacitados, e execute corretamente as inspeções periódicas e manutenções preventivas. Caso contrário…