É incrível como algumas vezes nos deparamos com situações estranhas nos mais variados meios que convivemos, muitas vezes relacionadas à manutenção predial. Fico buscando entender por que elas ocorrem se o senso comum remete a algo diferente.
Para me expressar melhor quero dar um exemplo de uma situação estranha.
Certo dia foi solicitado ao pintor que pintasse um banco, ele estava com o aspecto ruim e precisava ser renovado, aliás isso é algo extremamente comum para quem lida com manutenção predial.
A tarefa parecia ser muito simples uma vez que foi direcionada para o profissional capacitado para tal.
Passado algum tempo, começaram a aparecer comentários envolvendo o banco recém pintado. Eis que surge a situação estranha deste caso.
O banco estava pintado apenas na região do assento enquanto os pés continuavam carentes de pintura.
Vejam que coisa estranha, um banco recém reformado com o assento lindo e os pés horríveis.
Se o senso comum remete a um banco reformado em sua totalidade, ou seja, assento, pés e tudo mais que o compõe, por que é que o profissional que realizou o trabalho não teve a mesma percepção sobre isso e acabou pintando apenas o assento do banco?
Esse tipo de acontecimento permite compreender que o óbvio nem sempre será a entrega final de um serviço solicitado.
Diante disso é fundamental que o resultado esperado de qualquer serviço ou produto a ser entregue seja muito bem elucidado para reduzir as diferenças entre expectativa e realidade.
Nesse contexto se sobressaem os profissionais que atuam em equipes onde a comunicação é a principal ferramenta de trabalho.
Os profissionais que se comunicam recebem muitos feedbacks e acabam naturalmente construindo uma rede que contribui constantemente para o aprimoramento dos trabalhos.
No nosso exemplo ficou claro que a comunicação com o pintor, de como se esperava receber aquele banco após um serviço de pintura, foi bastante falha.
Agora o que podemos fazer para eliminar essas distorções de comunicação?
Não vale dizer que foi culpa do pintor que deveria saber fazer o trabalho dele, porque ele sabe.
Também não vale dizer que foi culpa do encarregado que não soube pedir o serviço de forma mais detalhada, porque afinal não tem muito para ser explicado quando se pede à um pintor para pintar um banco.
O que será que levou um pintor experiente a deixar de pintar o pé do banco? Podem ser várias coisas, por exemplo:
Falta de tinta;
Má fé;
Entendeu que não era para pintar;
Entre outros.
Somente quando nos comunicamos podemos de fato entender como melhorar o comportamento e os resultados do dia a dia.
Não adianta sair em busca de culpados à cada situação estranha que ocorre, mas sim buscar que a comunicação flua entre todos, para que os feedbacks aconteçam naturalmente e nenhum banco seja entregue sem os pés estarem pintados.