Surtos elétricos são perturbações ou oscilações que ocorrem na rede elétrica e são capazes de elevar a tensão que alimenta as instalações dos condomínios provocando, na maioria das vezes, a redução da vida útil dos equipamentos eletroeletrônicos ou sua perda total. Geralmente, manifestam-se no retorno da energia, ou seja, quando falta energia e o prédio fica no escuro, quando a energia volta ela pode vim com oscilações.
Outro fator que gera também perturbações na rede elétrica são as descargas atmosféricas.
Como se proteger ou minimizar os surtos elétricos?
A melhor maneira de proteger os sistemas do condomínio contra surtos elétricos é utilizando dispositivos DPS de forma coordenada entre os quadros elétricos.
DPS é uma sigla para Dispositivo de Proteção contra Surtos.
Tais dispositivos são classificados em DPS-I para proteção contra surtos atmosféricos, DPS-II para surtos provocados por indução da concessionária e, DPS-III e IV, utilizados para proteção específica de alguns equipamentos, como, por exemplo, sistemas de alimentação de câmeras de segurança, catracas biométricas, portões eletrônicos e servidores.
Como o DPS evita com que um raio entre em uma instalação?
Embora o surto de energia ocasionado pelas descargas atmosféricas seja muito alta não existe problemas, pois o DPS é feito para suportar altas correntes, que chegam a Kiloampere.
O princípio de funcionamento é o mesmo, como em qualquer outro surto elétrico, assim que o dispositivo de proteção constatar esse altíssimo pique de energia na rede ele desvia toda ela pelo sistema de aterramento.
Observações importantes nas inspeções condominiais:
A maioria dos projetos elétricos não consideram os DPS-I na entrada principal da edificação ou no Quadro Geral de Baixa Tensão (QGBT). Porém, eles devem ser instalados, especialmente, quando houver sistema de proteção contra surtos atmosféricos (SPDA).
Por que instalar DPS?
Um bom exemplo é quando a edificação recebe uma descarga atmosférica de forma direta. Toda a corrente proveniente dessa descarga tende a ser levada para o anel de aterramento e diluída no solo. É, nesse momento, que se cria um campo magnético com tendência a retornar para a edificação.
Se não houver uma proteção eficiente para detectar essa onda, toda essa energia migrará para os quadros elétricos podendo provocar a queima dos equipamentos.