Para responder a essa pergunta, primeiro é preciso entender que todo material ou sistema envelhece. Alguns degradam mais rapidamente que outros, seja devido a exposições ambientais, ou mesmo por suas características.
De modo que para prolongar a vida útil de algum equipamento ou sistema, é preciso efetuar algumas atividades para o bom funcionamento. E essas atividades são as Manutenções Preventivas.
Para os empreendimentos como um todo, e isso desde os pequenos prédios, até os mais altos arranha-céus, a manutenção preventiva é fundamental para evitar, e/ou minimizar problemas que possam comprometer sua durabilidade e tão logo, o seu desempenho.
Pois bem, posto isso vamos analisar um gráfico para entender melhor a importância da Manutenção Preventiva. Na ABNT NBR 15575-1/2013 há um gráfico que expressa essa razão. Veja só.
Observe que no momento da entrega do empreendimento, o desempenho é máximo. Entretanto, na medida em que ele envelhecendo, o seu desempenho vai diminuindo.
E isso é normal. Mas note que ao efetuar uma intervenção preventiva, o que acontece com o Desempenho?
Ele retorna praticamente para aquele mesmo desempenho inicial que ele tinha no ato da entrega.
Manutenção Preventiva X Economia
Do ponto de vista financeiro, ainda hoje, é comum encontrar gestores prediais que encaram a manutenção preventiva como um “gasto desnecessário”. E se você tem essa visão, te convido a mudar o seu ponto de vista.
Esse investimento que é feito com a Manutenção Preventiva, deve ser visto como uma otimização de recursos. Isso porque o dinheiro investido na manutenção preventiva é muito menor quando comparado com a manutenção corretiva. Acredito que já ouviu falar na Lei de SITTER, ou “Lei dos 5”. Se não ouviu, não tem problema, porque vai conhecer agora.
Como pode ver, quanto mais cedo for feita a manutenção, menor será o custo relativo.
Observe que o custo da manutenção corretiva, é 5 vezes maior do que se fosse tratado o problema na preventiva. A cada momento que passa, o custo de multiplica por 5, por isso obviamente “Lei dos 5”.
Agora que já entendeu que a manutenção preventiva também é vantajosa do ponto de vista financeiro, Já podemos passar para os:
Pontos de atenção.
É importante ressaltar que para colher todas as vantagens da manutenção preventiva, é fundamental que elas sejam desenvolvidas pautadas nos moldes propostos nas normas técnicas pertinentes ao tema (NBR-5674, NBR-14037 e NBR-15575).
Outro ponto que vale destaque é que a manutenção preventiva contribui significativamente com a valorização do imóvel, uma vez que o desempenho da edificação é mantido sempre muito próximo ao original.
E mais importante que considerar o ponto de vista financeiro, é observar a manutenção preventiva como forma de manter a saúde e segurança e conforto dos usuários.
Ainda assim, mesmo com todas essas vantagens, uma boa parte da população brasileira negligência a necessidade de manutenções e inspeções periódicas, seja por desconhecimento ou por motivos econômicas.
Apenas para validar essa informação, o IBAPE-SP (Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo), realizou uma pesquisa e obteve como resultado que que mais de 60% dos acidentes prediais ocorridos em obras com mais de dez anos estão relacionadas à deficiência ou falta de manutenção predial.
Ou seja, os prédios não estão sendo cuidados corretamente. Por este motivo, é comum ouvir notícias de prédios que colapsaram. E sempre que aparece uma notícia dessa, há uma comoção generalizada, mas de nada adianta a população sensibilizar-se diante desses acontecimentos e continuar negligenciando as ações necessárias para evitar esses acidentes.
Por último, mas não menos importante, contrate profissionais/empresas qualificadas de acordo com a atividade será desenvolvida no seu empreendimento. Isso porque boa parte dos colapsos estruturais mostrados na mídia, os responsáveis não tinham qualificação técnica necessária.
Por este motivo gestores prediais, contratem empresas e profissionais qualificados.