Edge Computing

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Edge Computing

Neste terceiro artigo sobre as principais tendências tecnológicas que estão impactando a vida dos gestores de manutenção predial e industrial, falaremos sobre Edge Computing. Você sabe do que se trata?

Relembrando os assuntos já apresentados, tratamos sobre o 5G e como essa tecnologia permite um maior número de conexões por quilômetro quadrado, abrindo espaço para a conexão de coisas (IoT). Atualmente existem mais de 600 bilhões de coisas espalhadas pelo mundo com o potencial de serem inseridas na internet.

Com esse cenário construído, agora precisamos entender para onde todos esses dados vão e como eles serão processados em tempo real para liberar todo o potencial das soluções IoT. É aqui que entra o conceito de Edge Computing.

Cloud Computing

Estamos acostumados ao termo Cloud Computing, já que muitos dos softwares que utilizamos são operados em nuvem.

A computação em nuvem apresenta arquitetura centralizada, com o processamento de dados longe da fonte de informação, o que gera alta latência, ou seja, tempo de resposta ruim, e também risco maior sobre a segurança dos dados.

Edge Computing

O conceito de Edge Computing traz uma arquitetura descentralizada para a captação e tratamento dos dados, levando para a nuvem apenas os dados relevantes.

Essa topologia é pré-requisito para a implantação da tecnologia 5G por reduzir drasticamente a latência em comparação com uma topologia centralizada e vem sendo impulsionada pela expansão das soluções IoT.

Esse princípio não é uma ideia realmente nova, a Netflix, por exemplo, utiliza servidores Edge para transmitir seus conteúdos a milhões de clientes espalhados pelo mundo há algum tempo. Isso significa que a transmissão de dados não está ocorrendo através de uma única central, mas sim via um conjunto de servidores estrategicamente posicionados.

Todo o conteúdo da Netflix poderia ser disponibilizado via Cloud Computing numa arquitetura centralizada, mas o custo de comunicação e o risco de indisponibilidade de acesso inviabiliza esse cenário, sem falar no tempo que a informação levaria para chegar aos seus usuários, impossibilitando a transmissão de conteúdo em tempo real.

Em resumo, o conceito de Edge Computing traz o processamento de dados para mais perto de onde os dados estão sendo gerados e/ou consumidos. Isso reduz a latência do tráfego de informações e o envio de informações para a nuvem é restrito às informações realmente relevantes.

Aterrissando na realidade de manutenção predial, as implantações de Edge Computing podem assumir vários formatos, dentre eles:

  1. Dispositivos locais que atendem a finalidades específicas (ex: equipamento que gerencia o sistema de segurança de um edifício);
  2. Data Centers próprios para atendimento das necessidades de um edifício completo, com alta capacidade de armazenamento e processamento;
  3. Data Centers regionais que atendem às necessidades de uma cidade inteligente, por exemplo.

Independentemente do tamanho dessa estrutura de borda (Edge Computing), alguns princípios básicos devem ser observados:

  1. Atenção à qualidade e capacidade dos hardwares instalados;
  2. Construção pautada em princípios de escalabilidade e flexibilidade de comunicação;
  3. Segurança da informação;
  4. Padronização dos dados armazenados e processados;
  5. Capacidade de suportar aplicativos de terceiros próprios para soluções específicas;
  6. Manutenção recorrente dos ativos de engenharia que sustentam essa operação (Ex: máquinas de ar-condicionado de precisão, nobreaks, geradores, etc.)

Hoje é indispensável ao Gestor de manutenção predial o conhecimento sobre a conectividade dos equipamentos que estão sob sua gestão e também sobre a infraestrutura de TI, que garante o armazenamento e processamento dos dados, os quais serão essenciais para a tomada de decisão.

Vivemos num mundo cada vez mais conectado!