A COVID trouxe a todas as pessoas um novo olhar para seus imóveis e para o uso dos espaços internos, visto que todos estavam buscando diariamente a adaptação em um mundo recluso.
Com isso, falhas e/ou pequenos problemas que antes eram de fácil aceitação entre os moradores passaram a ser discutidos e avaliados de forma diferente.
A área da inspeção predial voltada para manutenção começou a abarcar uma nova demanda e um novo tipo de público, pois os moradores individuais ganharam ainda mais voz junto aos síndicos reivindicando por correções e manutenções atrasadas, e às vezes inexistentes, que estavam impactando no interior de suas unidades ou nas áreas de uso comum. Entretanto, ao levantar os custos que envolvem a correção integral, o susto foi inevitável.
Os brasileiros, de uma forma geral, não foram doutrinados à prática adequada da manutenção, logo, o “jeitinho brasileiro” impera na apresentação de soluções paliativas. A engenharia só é agregada à parte da solução como última opção, gerando custos elevados e, muitas vezes, inviáveis para terapia durável e adequada dos sistemas construtivos.
A inspeção predial voltada para manutenção visa apresentar uma ordem de prioridade técnica a ser atendida em um determinado espaço de tempo, buscando, sobretudo, a durabilidade e conservação dos sistemas construtivos. Assim como um relógio precisa de troca de bateria para o desempenho de suas funções, os sistemas construtivos precisam de adequações e revisões periódicas.
A maioria das pessoas mudou a forma de trabalhar durante a pandemia para o “home office”, logo, a utilização dos espaços das áreas internas do condomínio e dos apartamentos começou a ser avaliada detalhadamente, despertando nesse novo perfil de clientes um olhar mais aprofundado sobre seus imóveis e a necessidade de sua conservação a médio e longo prazo.