Com certeza os mais afoitos por cinema, como eu, e que tiveram o privilégio de viver nos conturbados e apaixonantes anos 60, devem recordar-se do filme – cujo nome é o título deste editorial -, lançado em 1958 e estrelado por Shirley Jones e Pat Boone.
Talvez não se lembrem do filme, mas, a música de mesmo nome, cantada por Pat Boone, sem nenhuma dúvida o projetou. Na época ele era um jovem cantor, lançado no mercado para competir com Elvis Presley, cantando baladas e rock mais românticos.
Confesso que fui e sou seu fã e, apenas como curiosidade, cito que em uma de minhas viagens a Los Angeles tive a oportunidade de casualmente pedir uma informação a um senhor, que era seu vizinho no ‘feio’ bairro de Beverly Hills. Apontando para uma residência, ele disse que ali morava o ‘cara que conversa com Deus’, fazendo alusão a Pat Boone, que havia se convertido religiosamente.
Mas, por que estou contando tudo isto? Porque já estamos em abril, um mês por si só bastante envolvente, à parte as suas diversas comemorações. Místico, porque o ano na maioria dos países da Europa tinha o seu início em primeiro de abril, até que em 1564 o rei Carlos IX, da França, determinou que o ano tivesse o seu início em primeiro de janeiro, o que foi seguido pelos outros países.
Para quem não sabia, esta foi a origem do primeiro de abril ser considerado o dia a mentira, pois evidentemente na época a comunicação era precoce, e até a notícia da mudança da data chegar aos quatro cantos da Europa, quem a ouvia a considerava como mentira.
Este fato acabou resultando em brincadeiras, que institucionalizaram o primeiro de abril, como sendo o Dia da Mentira. Isto também foi uma curiosidade, mas, o mais importante é que na maioria das vezes a Páscoa é celebrada em abril, e por isto é um mês das transformações, das renovações, de rever valores e crenças.
Quem sabe transformar o impossível em possível. Ou, como diz a letra da música, em uma tradução mais livre: “O amor de abril é para pessoas jovens de espírito e que conseguem enxergar em cada estrela que brilha, uma estrela como as cadentes, nas quais manifestamos os nossos sonhos e desejos”.
Estas estrelas, em inglês, são chamadas de ‘wishing stars’ ou ‘estrelas do desejo’, ou também da transformação e quando olhar para elas, saiba que elas brilham para você.
E, quem quiser ouvir a música, é só buscar Pat Boone, no Google ou no YouTube. E, como o tema é transformação, um mundo novo nasce a cada respiração que damos. Feliz Páscoa.
Claudinei Luiz